Estimativas da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem) apontam que cerca de 40 mil brasileiros possuem a doença. Para discutir o tema, a Faculdade de Ciências da Saúde do Hospital Moinhos de Vento realiza, no dia 20 de novembro, das 10h às 12h, o evento Esclerose Múltipla Altamente Ativa: desafios diagnósticos e de manejo terapêutico. A programação é gratuita, online e faz parte do projeto Moinhos Science Class.
Serão dois palestrantes convidados: Rodrigo Barbosa Thomas, coordenador médico do
Centro de Esclerose Múltipla e Doenças Desmielinizantes do Hospital Albert Einstein; e João Sá, chefe de serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria de Lisboa, em Portugal. A mediação ficará a cargo da médica neurologista do Núcleo de Esclerose Múltipla e Doenças Desmielinizantes do Hospital Moinhos de Vento, Maria Cecília Aragon de Vecino e as inscrições estão disponíveis no site da instituição.
A esclerose múltipla é uma doença neurológica, crônica e autoimune que atinge o cérebro, os nervos ópticos e a medula espinhal, causando diversos sintomas como perda da visão, perda de força, fadiga e alterações da sensibilidade. Segundo Maria Cecília, vem progredindo nos últimos anos a tentativa de categorizar um grupo de pacientes que teriam uma evolução chamada “altamente ativa”, que são aqueles que, apesar de tratados com drogas eficazes, mantêm a atividade da doença.
“O grande desafio que se tem hoje é identificar esse grupo. Precisamos ter um critério de avaliação rigoroso porque nem todo o surto e nem toda a lesão nova que aparece na ressonância significa que é uma esclerose múltipla altamente ativa. O que se propõe é a organização e a definição de critérios baseados em dois pilares: atividade clínica e atividade radiológica”, afirmou.
O assunto vem sendo discutido no Hospital Moinhos de Vento por meio do Núcleo de Esclerose Múltipla/Doenças Desmielinizantes. O espaço conta com atendimento específico,
disponibilizando todos os serviços necessários para diagnóstico e tratamento, além de profissionais capacitados para atender os pacientes. Também desenvolve pesquisas sobre a doença. São diversos estudos e protocolos em andamento com medicamentos mais eficazes e específicos, destinados a diferentes tipos de evolução dos pacientes.
A esclerose múltipla A doença atinge cerca de 40 mil brasileiros, de acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM). Apesar de muitos acreditarem que a enfermidade acomete a população mais idosa, ela é comum em jovens, com seu auge entre os 20 e os 40 anos, e pode inclusive se manifestar na infância. A maioria consegue levar uma vida normal, sem redução da expectativa de vida, desde que siga corretamente o tratamento.